É cada vez mais comum ver pessoas cometendo erros do uso do cartão de crédito. O resultado disso pode ser o endividamento e uma grande dor de cabeça.

Para não cair em armadilhas e na tentação de usar o crédito para fazer compras que não precisamos, ter disciplina é algo fundamental. Afinal, o cartão de crédito foi criado para ser nosso companheiro e não nosso inimigo.

Pensando nisso, no post de hoje iremos abordar os principais erros que as pessoas cometem no uso do cartão de crédito. Além disso, vamos te ensinar a fazer o bom uso dessa ferramenta para não acabar caindo em uma grande dívida.

Boa leitura!

Usar o limite do cartão como parte da renda

Um dos maiores e mais frequentes erros que as pessoas cometem no uso do cartão de crédito é considerar o limite como parte de sua renda mensal. De tão comum, esse erro não poderia deixar de ser o primeiro dessa nossa lista.

As pessoas simplesmente se esquecem de que o limite do cartão é um dinheiro que o banco “empresta” ao cliente para que ele faça o uso e pague depois, sem cobrar juros por isso.

No entanto, considerar esse dinheiro como parte da renda mensal é um erro gigantesco. Afinal, quando fazemos isso, significa que estamos gastando além de nossa capacidade de pagamento.

O resultado pode ser a criação de uma verdadeira bola de neve em dívidas, que pode se tornar impagável em pouco tempo. 

Além disso, muitos bancos costumam liberar um limite bem maior do que a renda mensal de seus clientes, o que pode significar um risco de endividamento ainda maior.

Pagar o mínimo da fatura

Resistir à tentação de pagar o mínimo da fatura pode ser difícil em alguns casos, principalmente quando estamos com a situação financeira um pouco mais apertada.

No entanto, quando pagamos qualquer valor menor do que o total da fatura, acabamos por entrar no chamado “rotativo do cartão”, um serviço que tem juros altíssimos.

Assim, quanto mais tempo permanecemos no rotativo, maior será a dívida acumulada para o mês seguinte. Tanto é verdade que algumas pessoas simplesmente não conseguem quitar a dívida após alguns meses e acabam ficando com o nome sujo.

Por isso, na hora de fazer o uso do cartão, é importante ter consciência e gastar só aquilo que você pode pagar quando a fatura chegar. Evite, sempre que possível, pagar o mínimo da fatura e entrar no rotativo.

Emprestar o cartão para terceiros

O cartão de crédito é feito para ser usado pelo seu titular e, no máximo, pelos seus dependentes por meio dos cartões adicionais. Quando emprestamos o nosso cartão a terceiros (amigos, parentes etc.), podemos entrar em uma grande enrascada.

Isso porque, mesmo que você confie muito na pessoa que pediu o cartão emprestado, nada garante que ela irá pagar a dívida que fez no seu cartão. Com isso, pode ser que você tenha que arcar com esses custos. Afinal, o banco não quer saber se foi outra pessoa que gastou.

É por isso que nunca devemos emprestar um cartão de crédito para alguém, mesmo que seja uma pessoa próxima. 

Possuir vários cartões de crédito

É muito difícil encontrar alguém que tenha um só cartão de crédito. Como a oferta de cartões pelos bancos e financeiras é muito alta, a maioria das pessoas tem dois ou mais cartões em sua carteira e faz o uso deles com regularidade.

Acontece que possuir vários cartões de crédito pode representar um risco maior de endividamento, principalmente se você não tem disciplina ou controle financeiro para usá-los. Ter mais de um cartão significa ter mais de um limite, o que pode ser um convite para gastos além da conta.

Assim, o ideal é escolher um ou no máximo dois cartões para ter na carteira, preferencialmente aqueles que possuem programas de pontos ou que não cobram anuidade. Dessa forma, você pode aproveitar mais benefícios e reduz o risco de gastar além do que pode pagar.

Não conhecer as taxas e juros cobrados pelo cartão

Não é raro encontrar por aí pessoas que possuem um cartão de crédito há anos e desconhecem as taxas que são cobradas e os juros do cartão. Todavia, essas são informações importantíssimas e que são informadas ao cliente no momento da contratação.

Assim, é importante que você busque conhecer quais são as taxas cobradas pela operadora do cartão para serviços como:

  • Segunda via do cartão;
  • Pagamento de contas;
  • Anuidade;
  • Avaliação emergencial de crédito;
  • Seguros etc.

Além disso, o cliente também deve consultar as taxas de juros (mensal e anual) cobradas pelo cartão de crédito no caso de pagamento inferior ao total e no eventual parcelamento da fatura.

Atrasar o pagamento da fatura

Outro erro que pode custar caro ao titular de um cartão de crédito é pagar a fatura em atraso. Isso porque a maioria dos bancos normalmente cobra uma taxa de 2% a título de multa e 1% de juros de mora ao mês.

Apesar de parecer pouco, quando atrasamos a fatura, normalmente entramos no rotativo do cartão, o que faz incidir a taxa de juros dessa operação, que não raramente ultrapassa os 15%.

O resultado disso pode ser uma cobrança de encargos bastante pesada na próxima fatura, principalmente se você teve gastos altos com o cartão no mês em que a fatura atrasou.

Assim, a dica aqui é programar um lembrete para não esquecer de pagar a fatura em dia ou, caso você prefira, programar a fatura para débito automático em sua conta bancária.

Desconhecer o montante de compras parceladas 

Por último, mas não menos importante, não poderíamos esquecer desse que é um erro que pode custar o seu nome caso você não saiba controlar o impulso de fazer compras parceladas.

Uma das maiores vantagens de ter um cartão de crédito é a possibilidade de fazer compras de produtos com valores mais altos e pagar em suaves prestações mensais.

No entanto, muita gente aproveita essa vantagem para comprar vários itens parcelados e, com isso, as contas acabam se acumulando rapidamente.

Especialistas em finanças apontam que, para manter uma vida financeira saudável, não devemos comprometer mais que 30% de nossa renda mensal com compras parceladas. Isso inclui o cartão de crédito, além de empréstimos e financiamentos, por exemplo.

Assim, a dica é evitar compras parceladas sem necessidade e sempre observar o quanto de sua renda já está comprometida com outras parcelas (o que não inclui contas de consumo e aluguel, por exemplo).

Em alguns casos, vale a pena esperar um pouco e juntar o dinheiro para comprar o que você deseja à vista ou pagar pelo menos uma parte em dinheiro ou no débito.

Fazer um bom uso do cartão de crédito depende de uma série de fatores, mas principalmente de educação financeira e responsabilidade. Por isso, aproveite para navegar um pouco mais em nosso site para conferir outras dicas sobre finanças como essas!

Esperamos que esse conteúdo tenha sido útil e, caso tenha restado alguma dúvida, não se esqueça de deixar seu comentário ao final da página.